segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Eu sou uma cilada.

Vou contar pra vocês um pouco da minha vida amorosa, pra que fique mais fácil entender o título desse post.

Eu sempre namorei. Desde de sempre. Não sei porque, mas sempre namorei. Saio de um relacionamento e entro em outro. Uma pequena pausa pra respirar e vapo! Lá estou eu namorando novamente.
Já namorei 9 meses, 1 ano, 1 ano e 1 mês, 1 ano e 3 meses, 5 anos. Namoros sérios. E outros não tão sérios assim, de 4 meses, 6 meses... Comecei a namorar com 14 anos. Um adolescente precoce.
No intervalo de um namoro e outro eu baixava o nível. Saía pra balada, beijava muitas pessoas. Beijava 3, 4, 5 pessoas na mesma noite. Mas fora isso sempre fui monogâmico. Não sou santo. Já traí e não foi uma nem duas vezes. Só que não me sinto bem fazendo isso.
Tenho fantasias sexuais a doidado, mas sempre quero realizá-las com quem está comigo. Sou do tipo que se entrega, que se apaixona. Sou do tipo que ama. Sou também do tipo que sempre sai ferido quando acaba a relação.

Vamos voltar há 2 anos atras, apenas, pra não ficar cansativo:
Como de costume, euzinho que vos escreve, assumo um relacionamento que tinha tudo pra não dar certo. Meus amigos me alertaram pra não fazer isso, mas sou a teimosia em pessoa. E quando se trata da minha vida amorosa, eu sempre peço conselhos, mas nunca os escuto, com a desculpa que só quem sabe o que vive somos nós mesmos! Tá, muito bem. Quando tudo tá ficando lindo, eu já tava esquecendo o chute que levei no namoro anterior, a pessoa embarca num navio à trabalho durante 11 meses. Veja só... E eu que me foda aqui em terra firme.
Foi um drama, a minha vida acabou, fiquei sem chão, desmoronei. Eu sei que exagerei. Hoje eu sei disso, mas na época foi o fim do mundo pra mim.

Fiz uma promessa pra mim mesmo que nunca mais iria me envolver. Que ia ser do baile todo. Fiz um voto à favor da poligamia, da putaria, melhor dizendo. Vesti a camisa da liberdade e da libertinagem.

Resolvi sair de Santos por um tempo. O porto de Santos me deprimia. Fui pro Rio de Janeiro e fiquei lá durante um mês, precisava curtir a vida e não existia lugar melhor pra eu fazer isso do que o Rio. Liguei pro meu amigo do circo que mora lá, contei minha história. Liguei pra minha amiga mochileira e contei a minha história. Fomos pro Rio...
Na primeira semana eu fiz a rapa. Beijei todo o Rio de Janeiro. Saí de segunda a segunda. Dormia duas horas por dia. Uma maravilha.
Mas tá que eu me apaixonei lá, e o resto do mês fiquei com a mesma pessoa. Um casamento de um mês. Claro, com suas escapadinhas, mas tudo consentido! Eu avisava que ia escapar, e escapava com peso na consciência.

Voltei pra Santos, me relacionei com uma pessoa que morava em Campinas, que apesar de ser linda, me irritava cada vez que abria a boca. Isso ainda durou um mês porque a pessoa era linda demais. E na cama uma delícia!
Mesmo antes desse relacionamento acabar eu já me encontrava com outra. Estava dando certo meu plano de poligamia, eu tava levando super a sério. Essa pessoa foi o "amor da minha vida" durante 2 anos.
Nós nos encontramos a primeira vez naqueles espaços de tempo que eu ficava sem namorar e desde então sempre esteve na minha cabeça e no meu coração. Apesar de morar longe pencas (no Norte do país) a gente se ligava todos os dias na hora do almoço ou quando eu bebia. Era lindo!
Essa pessoa mudou-se pra São Paulo, e começamos a nos encontrar, lógicamente. Eu fui bem claro no começo que não queria relacionamento sério, mas uma semana depois eu já tinha uma gaveta com roupas minhas na sua casa.
O relacionamento bonito-porém-vazio-de-campinas, foi pro saco, sem ressentimentos de minha parte. Durante um mês eu ainda recebia telefonemas e mensagens no celular de saudade, de que queria me ver, essas coisas. Mas eu ignorava.

Quando percebi estava namorando e todos os meus planos de poligamia já tinham ido pro saco!
Vou resumir, porque eu tô de saco cheio da minha própria história.
É obvio que esse relacionamento acabou. Bem óbvio. Como todos os outros.
Tenho uma amiga que diz que não sou do tipo casável, apesar de ser pra casar.
Nunca entendi, mas tô começando a achar que ela tem razão.

Agora refiz meus votos. Não os de libertinagem, como fiz há alguns anos atras.

Eu amadureci nesse tempo, alguma coisa mudou em mim. Ia ser engraçado se uma pessoa na minha idade resolvesse sair por aí beijando todo mundo. Isso se faz quando tem 17, 18.

Agora meus votos são de castidade. Não quero saber de ninguém. Não estou no mercado. Não tô na pista pra negócio.
Em primeiro lugar penso em mim. Em segundo e terceiro lugares também.
Egocentrismo total.
Meu umbigo.

É isso mesmo. Fiz um acordo com o meu umbigo. Agora seremos só eu e ele. Ele adorou!


: )

4 comentários:

Txiago disse...

to chocadooooo!!!

hauhauhhhuau

O Menino que Voa disse...

agora que tive tempo de ler tudo. e voce nao eh unico a pensar e agir assim. O vem facil, vai facil, o trato com o umbigo que vai pro chinelo no momento que alguem cruza o olho com voce e seu coracao bate diferente. Eu desejo sorte pra sua nova fase casta. Mas sei, por experiencia propria, que ela dura BEM pouco. Abreijos.

BinhoSampa disse...

caracas...vc foi aos extremos... tenta achar um equilibrio nisso tudo..será bem melhor pra vc... aproveita essa fase com o seu umbigo...mas fica pouco tempo... e ache um meio termo....

Abs:-)

JoW Lee disse...

eu fiz voto de castidade, mas o Daniel quebra toda noite. Acho que não funcionou comigo.