segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Descoberta

Legal, eu fiz uma descoberta. Nem é uma descoberta daquelas que deixam a gente feliz e não descobri nada que vai me deixar rico. E também não descobri sozinho. Mas foi uma descoberta que me ajudará a viver melhor daqui pra frente.

Hoje fui correr na praia, como de costume. A diferença é que fui com dois amigos. Um é gay e a outra é psicóloga. Eu falo, falo, falo... não paro nem quando tô me exercitando, a não ser q a corrida seja muito intensa. Aí eu não aguento.

Enquanto contava minhas histórias, o gay ironizava e a psicóloga levantava a sobrancelha. Tudo bem, acho aceitável esse tipo de comportamento, visto que gays são engraçados e psicólogas te avaliam sempre.

De repente eu vejo a pessoa que eu mais odeio no mundo. Vcs lembram dessa pessoa??? Aquela que sempre me persegue, faz tudo q eu faço e força uma intimidade com meus amigos. Então eu o vi de longe, caminhando descoordenado em minha direção.

Muito ligeiro que sou, começei a me deslocar em diagonal, para não encontrar o figura e ser obrigado a cumprimentá-lo, pq ele tb força amizade com a minha amiga psicóloga e ela não ia aceitar fazer carão e fingir que não o conhece, como eu faço.



O plano tava dando certo, passamos por ele e seus amigos, quando escuto: "Hey, não é o Thiago???"
Eu segui adiante, continuei falando o que estava falando, mas meus amigos pararam e me cutucaram. Sim, era eu. Quem tinha me reconhecido era um dos amigos dele, adivinhem, meu primeiro namorado.


Quando eu vi, fiquei passado! O sangue me subiu na cabeça, a raiva que sinto daquele ser é tão grande que não consegui ver quem estava ao redor dele. E a pessoa que estava ao redor dele foi uma pessoa que eu gostei muito, que é meu amigo até hoje. Fiquei o final de semana inteiro com ele e ele nem tinha me dito que conhecia a pessoa que eu odeio. Como uma pessoa pode forçar tanto a amizade assim? Como as pessoas se permitem deixar uma pessoa estranha assim se aproximar?? Eu jamais iria caminhar na praia com uma pessoa que acabei de conhecer e que me parece desinteressante. Enfim...

Nos cumprimentamos e seguimos, em direções opostas.
Por mim, retomaria o assunto de antes do ocorrido e seguiria na paz, fervendo por dentro, mas sorrindo por fora. Mas a psicóloga resolveu falar. E eu contei que ele se aproximava dos meus antigos amigos, que começou a se interessar por ginástica repentinamente, que roubava minhas roupas de treino do ginásio e comprava outras iguais as minhas, que levava meus aparelhos, copiava meu toque do celular, fuxicava diariamente meu orkut e meu blog, essas coisinhas que adolescente faz pq não tem mais o que fazer. Só que ele não é mais adolescente. Tem seus vinte e poucos anos.

Pisicóloga torcia o nariz, franzia a testa, suspirava enquanto eu contava os casos. Foi quando ela me disse que sabia o que era isso. Ele tem a síndrome de Flora.
Exato.

Mas se ele tá esperando que eu vá cantar beijinho doce com ele, ele pode esperar sentado.
Não sou tão bonzinho quanto a Donatela. Sou muito pior do que ele pode imaginar.

6 comentários:

Serginho Tavares disse...

meu querido
mantenha os amigos por perto e os inimigos mais perto ainda
evitando ele tanto assim faz com que ele fique forçado tanta a barra
tem certas pessoas que não entender ser ignoradas...


beijos

Anônimo disse...

Adoro Psicólogos!

Hugo de Oliveira disse...

Hum...gostei do post. Mas,não seja como a Donatela mesmo..ok.


abraços...rsrsr

Sílvio Pulcro disse...

Síndrome de Flora foi foda, hem! Adorei!
Sai correndo dessa pessoa.
Beijos!


http://www.pulchro.blogspot.com/

Pavinatto disse...

Palma, palma, não priemos cânico. (by Chapolin)

Alexandre Lucas disse...

A vingança, como o sushi, é um prato que se come frio...